domingo, 24 de janeiro de 2010

Escrevi ao vento, todo o silêncio precisei que de mim viajasse rapidamente por todas as recordações de carinho e apenas lá na frente onde ninguém conseguiu chegar onde já se consegue ver a distancia consumida pelos passos dados ao longo de uma vida, tudo o que eu tinha escrito antes e agora removida pela reflexão, não me permitiu escrevê-lo de novo. É que às vezes, a emoção vence os músculos da mão e a gente fala nas palavras escritas que nosso coração queria apenas ter guardado, as tristeza passa-nos pela frente e fica transmitida no papel com todas as memórias de tudo que já passei até chegar a ti, fiz tudo, até o que não é permitido fazer. Retiro a tristeza da palidez de certas tempestades tristes que aparecem de vez em quando, como se quisessem criar os nossos momentos felizes. Chegam-me ansiosas, agarradas no pó da estrada, as marcas das pegadas, destorcendo as rotas, desequilibrando o corpo, e as minhas memórias que por lá passaram, o coração fica sentido e desejo por sentir o indesejável sendo o mais desejado perigosamente. Mas eu cresci, evolui espiritualmente e aprendi a distinguir os abraços fiéis, os sorrisos saudáveis de quem não convêm já enfrentei velhas e barulhentas tempestades de tristeza, ventos endemoninhados pela felicidade, paragens de grandes atracções, largos caminhos cheios de espinhos entre as pedras da morte de mares salgados demais para os meus olhos que lágrimas queriam deitar. Só ainda me resta sentir o cheiro das náuseas do mal causado pela traição até que chega a casa das memórias, a minha alma, agora pouco forte e vivida, transforma tudo que os mansos ventos me deixam numa grande lição de vida. Ainda não me é infinita a tristeza que se apoderou de mim mais fortemente ontem, quando me imaginei a mais sensível, a única dona dos sonhos que sonhei acordada aos quais nunca foram realidade. O meu amor é o teu amor de uma forma diferente, gostosa brisa mansa, cheia do perfume da mentira, desejosa de sentir-me a amada por ti, quando apenas o teu amor nem se chegava a revelar, tão pouquinho que os dias sejam são passadas as horas a tentar perceber o porquê de nem um sinal de ti eu ter começa a escurecer e a nossa conversa nunca tinha um começo, agora, tudo é um pesadelo que antes tinha sido um sonho.

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